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Gestão de dados no campo para a redução dos impactos do clima

Um dos grandes desafios para a produtividade agrícola é o fator climático. As adversidades causadas pela seca, pela geada ou mesmo pelo excesso de chuvas dificultam o trabalho do produtor rural quando não há uma previsibilidade. Por isso, a gestão de dados no campo é tão importante. Afinal, sabendo mais sobre o clima antecipadamente, é possível tomar melhores decisões para a safra.

Mas o que são os dados agronômicos? Podemos dizer que são todas as camadas de observação e resultado de medições reunidas pelo produtor. Desde o pré-plantio até o pós-colheita. 

E como fazer a captura, o armazenamento e a gestão dos dados no campo? Aí entra o uso da tecnologia de Big Data. Através de dados gerados em plataformas digitais, é possível abrir um grande leque de oportunidades. Desse modo, os agricultores conseguem tomar melhores decisões de gestão da lavoura, especialmente com relação à influência do clima.

Neste artigo, saberemos mais sobre o Big Data. E como esta ferramenta de gestão de dados no campo contribui para reduzir os impactos no clima. Acompanhe!

Big Data: tecnologia para a gestão de dados no campo

O Big Data consiste na coleta e análise de dados em grande volume. Esta tecnologia é utilizada para aumentar a eficiência de processos e auxiliar na tomada de decisões. Através de softwares e sistemas especializados, os dados são coletados e, geralmente, armazenados na nuvem. Assim, podem ser acessados remotamente e de diferentes locais. 

Desde as menores propriedade rurais até as mais desenvolvidas, a gestão de dados no campo pode ser facilitada com o uso do Big Data. E essa tecnologia pode ser inserida de diferentes formas.

Entre as mais conhecidas, está a análise de dados para o acompanhamento do clima. Com o auxílio da tecnologia, os agricultores que utilizam o Big Data alcançam maior sucesso com as colheitas. Afinal, quanto menor as perdas, maior a lucratividade. 

Conforme as informações são coletas e armazenadas, é possível analisar uma determinada região em diversos aspectos. Geográficos, meteorológicos e de adaptação de espécies, inclusive.

Assim, com mais exatidão nas previsões meteorológicas, é possível administrar várias questões relacionadas à produção. Irrigação, semeadura, colheita… cada etapa do processo pode ser melhor gerida, reduzindo os custos e evitando perdas.

Ou seja, a análise dos dados meteorológicos permite escolher a melhor época para o cultivo. Também auxilia na definição do tempo de colheita e na quantidade de irrigação necessária. Por exemplo, num período mais chuvoso, o plano de irrigação pode ser reduzido. Desse modo, a gestão de dados no campo garante o aproveitamento máximo dos recursos e da produção.

Como é feita a coleta de dados agronômicos?

Os dados no campo são coletados no dia a dia, através de diferentes canais e plataformas. No agronegócio digital, são necessárias diversas ferramentas e tecnologias para que o Big Data seja colocado em prática. 

Assim, o maquinário é capaz de fazer o mapeamento da operação. Desde o plantio, passando pela colheita e pulverização. São muitos passos até que a colheita seja finalizada. Assim, com uma gestão de dados no campo eficiente, em cada etapa do ciclo podem ser tomadas decisões com base na análise das informações coletadas.

Em geral, tudo começa pelo estudo da safra anterior, meses antes do plantio. Nesse momento, é possível identificar as falhas e apontar as soluções necessárias. E também repetir os acertos, obiviamente.

São as decisões antecipadas que oferecem mais segurança e eficiência. Escolher as sementes adequadas, definir o período, os insumos utilizados, qual a melhor janela de plantio. Tudo baseado em dados e estatísticas que vão sendo gerados e guardados tecnologicamente.

Clima, o grande vilão para o agronegócio

Todos os anos, em diferentes épocas, o agronegócio enfreta perdas nas safras e precisa arcar com os prejuízos causados pelo clima. 

Em fevereiro de 2022, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimou uma quebra de 25,2 milhões de toneladas na produção de grãos na região sul e no no Mato Grosso do Sul. Tudo por conta da estiagem. 

Consequentemente, além da perda do produtor, há uma perda para o consumidor. Alguém sempre tem que pagar a conta. Por isso, é fundamental investir em tecnologias como o Big Data, que aumentam a previsibilidade. Desse modo, a gestão de dados no campo se torna mais assertiva, minimizando as perdas causadas pelo clima.